Aspectos Psicológicos

Os goleiros devem estar preparado tanto para o triunfo quanto para a derrota. A derrota para o goleiro pode ser considerada quando este sofre um gol. Quando isso acontece, o goleiro não deve ficar se lamentando, ele deve eliminar as tensões negativas rapidamente e substitui las por pensamentos positivos. Para o goleiro, sofrer um gol não deve ser encarado como sinônimo de fracasso e sim uma situação adversa que pode ser revertida.

Para Alvarenga a mente tem uma enorme influencia no desempenho, podemos dizer que o desempenho na competição é determinado por suas atividades, pensamentos e imagens de si mesmo e de todos.

Desta forma, o estado psíquico pode afetar o goleiro em suas funções fisiológicas básicas, com isto podemos dizer que a mente pode ser um aliado ou um inimigo, onde muitos rendem aquém de suas responsabilidades.

A existência de determinado conjunto de qualidades psíquicas caracteriza os representantes mais destacados de diversas modalidades esportivas.

No processo de avaliação devemos considerar os seguintes aspectos psicológicos:

Coragem e Medo

A posição de goleiro apresenta determinados riscos de golpes e lesões, sejam elas ocasionadas por boladas ou por choques com outros jogadores. Assim o goleiro deve possuir coragem e arrojo em situações que apresentam riscos a sua integridade física no decorrer da partida.

De acordo com Alexei, o medo é uma desarmonização psíquica assim como a ansiedade e apatia. Para o goleiro, o medo de fracassar talvez seja maior do que o de lesionar. Como o fracasso é a parte natural no processo esportivo e da vida, ele não pode ser evitado, mas sim encarado como oportunidade de desenvolvimento.

O medo é uma característica psicológica natural do homem que o prepara para a sobrevivência e para enfrentar desafios, Através de orientações inicia se a oportunidade de gerencia do medo, favorecendo processos perceptivos de controle da realidade e de nossas ações. Desta forma, pode se considerar tais processos, como aquilo que definimos como coragem.

Segundo Gutierrez podem se distinguir os seguintes medos para o goleiro:

Medo de falhar;

Medo da dor;

Medo de se chocar com outro jogador;

Medo de lesões.

O medo está presente em todos os goleiros, mesmo nos mais experientes e qualificados. No processo de escolha devemos observar o nível de coragem presente no atleta/goleiro, para amenizar esses medos citados anteriormente e ter bom rendimento num futuro processo de treinamento e também nos jogos em que este poderá atuar.

Motivação

Weinberg define motivação de forma bem simples, como sendo a interação da direção e a intensidade de nossos esforços. Catania (1984) considera a motivação em termos aplicados a muitas variáveis ambientais e orgânicas que tornam determinados estímulos para o organismo.

Ao goleiro é dada a responsabilidade de não poder falhar em suas tomadas de decisão. Ao mesmo tempo em que cada jogador tem a possibilidade de recuperação de um erro, ao goleiro só resta o restabelecimento psíquico, pois o gol do adversário será dado como certo.

Portanto, os goleiros alem de estar preparado para escolher à melhor tomada de decisão, necessita de se auto motivar a fim de aperfeiçoar ser rendimento. Nem todos os jovens com alto nível de habilidade estão fortemente motivados,cabendo ao treinador orientar o garoto até mesmo no processo de seleção afim de motiva lo para que consiga mostrar todas as suas potencialidades durante esse processo.